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Compra de R$ 12 expõe esquema de policiais com homicídios e desvio de armas; ENTENDA

  • Foto do escritor: Luana Campos
    Luana Campos
  • 12 de ago.
  • 2 min de leitura

A Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público investigam três policiais militares, um ex-PM e um delegado exonerado, suspeitos de desviar armas e torturar e executar dois homens durante uma ação policial em Lauro de Freitas, em 11 de julho de 2024.


Inicialmente divulgada como uma grande apreensão de armamento (seis fuzis, uma submetralhadora e mais de mil munições), a operação teria encontrado mais de 20 fuzis e pistolas, parte das quais não foi registrada e desviada.


O delegado Nilton Tormes é um dos pontos-chave da investigação e foi exonerado do cargo de coordenador do Depom em março deste ano, por suspeita de envolvimento no esquema. Os demais envolvidos, segundo a investigação e denúncia do Ministério Público da Bahia e Corregedoria da Polícia Civil, são:


  • Roque de Jesus Dórea (Capitão da Polícia Militar, do Departamento Pessoal da PM)

  • Jorge Adisson Santos da Cruz (Ex-policial militar, demitido por crime de extorsão seguido de morte em 2015)

  • Ernesto Nilton Nery Souza (Soldado da Polícia Militar)

  • Tibério do Vale Alencar (Cabo da Polícia Militar)

  • Douglas Piton (Ex-coordenador da Coordenação de Recursos Especiais – Core)


Com relação ao crime de tortura, as vítimas, Joseval Santos Souza e Jeferson Sacramento Santos, foram sequestradas, torturadas e mortas após indicarem o esconderijo das armas desviadas. O delegado Nilton Tormes teria ordenado a morte de Joseval Santos Souza.


Segundo o delegado Adailton Adam, que investigou o caso, o soldado Ernesto Nilton Nery Souza relatou que, ao ser perguntado sobre o destino de Joseval durante a operação, Tormes respondeu “dê o destino”, indicando execução.


A investigação começou quando o soldado PM Nilton Nery usou o cartão de uma das vítimas para comprar um lanche de R$ 12, confessando depois participação nas mortes e no desvio de armamento.


Em agosto de 2024, Nery, o capitão Roque Dórea e o ex-PM Jorge Adisson foram presos, mas a quantidade exata de armas desviadas e o envolvimento de outros policiais seguem sob apuração.

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