De frente para Trump, Lula reforça defesa da soberania do Brasil na ONU
- Luana Campos
- 23 de set.
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Durante a abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou sanções unilaterais dos Estados Unidos e destacou o crescimento do autoritarismo global. A reunião ocorre em Nova York.
Sem citar diretamente Donald Trump, Lula afirmou que “o multilateralismo está diante de nova encruzilhada” e que intervenções unilaterais vêm se tornando regra, ameaçando a soberania e a democracia.
“O autoritarismo se fortalece quando nos omitimos frente a arbitrariedades. Quando a sociedade internacional vacila na defesa da paz, da soberania e do direito, as consequências são trágicas”, disse o petista.
Lula reforçou em seu discurso que o Brasil é soberano e que não vai aceitar intervenções estrangeiras no Poder Judiciário. “Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis (…) Agressão contra o poder Judiciário é inaceitável. (…) Seguiremos como país soberano e povo unido contra qualquer tipo de ameaça”, disse o presidente.
Sem citar também o nome de Jair Bolsonaro, Lula disse que, “pela primeira vez, em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentado contra o Estado democrático de Direito”. “Foi investigado, denunciado e julgado em um processo minucioso. Teve amplo direito de defesa, prerrogativas que ditaduras negam às suas vítimas”, afirmou.
O presidente também citou que “falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil”.
Lula afirmou, ainda, que forças antidemocráticas tentam subjugar instituições, cercear liberdades e atacar a imprensa, mas que o Brasil optou por resistir e defender a democracia reconquistada há 40 anos, após duas décadas de ditadura.











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