Disputa pelo comando do TJ-BA ganha força com candidatura de Ivone Bessa Ramos

A desembargadora Ivone Bessa Ramos oficializou, nesta segunda-feira (8), sua candidatura à Presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Ela disputará a eleição, prevista para novembro, com os desembargadores José Edivaldo Rocha Rotondano e Edmilson Jatahy Fonseca Júnior.

Em carta aos colegas, Ivone afirmou que sua decisão é uma vocação para melhorar os serviços do Judiciário.

“Não se trata apenas de um sonho; cuida-se também de uma vocação em prol da luta de toda a magistratura, do querido grupo de servidores, incluindo os aposentados e jurisdicionados, todos eles merecedores de melhorias, sem os quais nenhum de nós poderá cumprir com a missão constitucional de realizar a prestação jurisdicional necessária e efetiva”, escreve na carta.

Perfil de Ivone Bessa

Formada em Direito pela Universidade Católica de Salvador em 1980, Ivone começou a carreira como advogada do extinto Banco do Estado da Bahia (Baneb).

Em 1989, ingressou na magistratura na Comarca de Laje, passando por Mutuípe e Cachoeira, onde conquistou reconhecimento pela mobilização que garantiu a doação do prédio onde funciona hoje o Fórum local, feito que lhe rendeu o título de Cidadã Honorária.

Na capital, atuou como juíza titular da 1ª Vara Especializada Criminal e assumiu cargos de confiança na presidência do TJ-BA em diferentes gestões. Em 2013, foi promovida a desembargadora por merecimento, após obter a maior pontuação entre os candidatos da lista tríplice.

Sua atuação à frente da Primeira Câmara Criminal lhe rendeu reeleições consecutivas e prêmios como o Selo Justiça em Números, nas categorias diamante e ouro, reconhecimento pelo desempenho e transparência da corte.

Além da experiência administrativa, Ivone se destacou na Comissão de Reforma Judiciária, relatando matérias relevantes, como a criação da Vara de Audiência de Custódia, a unificação do plantão judiciário e a regulamentação do auxílio-saúde para magistrados e servidores.

Atualizada às demandas tecnológicas, a desembargadora investiu em formação no programa executivo xTech Legal, que capacita gestores para o uso estratégico da inteligência artificial no Judiciário. Ela defende um plano de gestão com foco em “inovação disruptiva”, inclusão e fortalecimento humano no sistema de Justiça.

Sua proposta de gestão prioriza modernização, inclusão e inovação tecnológica.